segunda-feira, 10 de maio de 2010

Tricolor Celeste

Alinhar ao centro



"Obdulio Varela não amarrava as chuteiras com cadarços, e sim com as veias" - Antonio Maria


"O melhor doping do mundo seria extrair da camisa celeste o suor dos uruguaios" - Jô Soares


"O Uruguai parece uma foto envelhecida na parede de um restaurante escuro. Tem história, tem charme, tem alma. Tem futuro?" - Mauro Beting


"Eu guardei essa camisa durante muito tempo. Ela reprensenta o meu país. Eu quero agradecer por poder entregá-la ao São Paulo." - Pablo Forlán em seu jogo de despedida ao entregar a Celeste a Henri Aidar.


"O problema é a bola brasileira, muito diferente da uruguaia. Ela vai e não volta." - Pedro Rocha


"No intervalo, o Darío pediu a palavra de novo. Falou que era para a gente esquecer esse negócio de Atleta de Cristo. Pelo menos, por enquanto. E para começar a dar pancada porque a coisa estava feia. Viramos por 3 a 2." - Gilmar Rinaldi sobre Darío Pereyra.


"O que se via ali no centro de treinamentos não era um grosso tentando melhorar sua técnica. Era um homem ferido, humilhado e preso em uma cidade onde cabem três vezes a população de seu país, gritando, sem emitir sons, em busca de dignidade." - Luís Augusto Símon sobre Diego Lugano.



Os trechos acima foram retirados do livro Tricolor Celeste, do jornalista Luís Augusto Símon, e que conta a trajetória (sempre difícil) de quatro figuras importantes na história do São Paulo Futebol Clube, os uruguaios que marcaram o tricolor paulista: Pablo Forlán, Pedro Rocha, Darío Pereyra e Diego Lugano.

Desde o lançamento do livro fiquei de olho no material. O futebol dos meus vizinhos aqui muito me interessa. Quem me conhece sabe que sou fã incondicional da bola rolada na América do Sul. Finalmente tive a oportunidade de ler, de uma tacada só, o livro é curtinho, são 105 páginas de pura sedução. Li esperando um vôo.

Duas passagens em especial me emocionaram, tive que dar aquela enxugadinha nas lágrimas de leve (por que, sim, o futebol me emociona, enche meu coração). A história de Pedro Rocha, mais pelo seu atual momento, sofrendo com uma doença degenerativa e a de Lugano, de desacreditado zagueiro do presidente a ídolo da torcida, campeão mundial.

Leitura obrigatória não só para são paulinos, principalmente a turminha da Era Raí que não conhece 80% da história do próprio time, que não sabem da fila a metade, mas para amantes do futebol em geral.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Gremistas Lindos são Melhores que Abacaxi




Eu tinha na minha cabeça que esse não seria um final de semana qualquer. Bom, não foi. Mas não pelos motivos que eu pensei. Achei que minha confusão toda se daria no Domingo, tentando descolar um ingresso para adentrar o Olimpique.

As coisas começaram estranhas já na Sexta-Feira. Enquanto assistia Vende-se Uma Rosa com Aroma de Café, ou whatever seja o nome da novela do SBT, descobri que meu vizinho de tenros 18 anos, fala mansa e kinda tímido foi atendente de sex shop em Ijuí antes de vir para Porto Alegre. Qual não foi minha surpresa ao descobrir que ele tentava adivinhar o sabor das bolinhas aromáticas pela cor de cada uma. E errava todas. Afinal amarelo só pode ser abacaxi, nunca maracujá. Maracujá não combina com putaria. Tampouco abacaxi, mas enfim...

Depois de conversas elucidativas sobre sair correndo pra comprar pilha para o cliente que queria ver o vibrador funcionando, parti para o pico da noite, o Opinião, onde mulher não pagava e cerveja era dose dupla até meia noite. Cerveja free até meia noite, resumindo, a gente bebe Polar até pelo nariz para não desperdiçar os R$3,50. Muita mulher e muita bebida resulta sempre em banheiro lotado, mas sou carioca maloqueira e sem vergonha e furei fila. A gente inventa que ta grávida, que tem um câncer nos rins, enfim. O fato era que ainda batiam onze badaladas noturnas e uma loira de roupa de oncinha já vomitava na lixeira. E ela passou a noite toda lá. ParaBendis para quem estraga a noite das amigues!

A pergunta é, por que diabos eu estava no Opinião num dia lotado de rachas vestidas com roupas de oncinha? Simples, era de graça e meu chefe, aquele que paga o meu salário no final do mês tava tocando aquela noite. Como eu não visto roupa de oncinha e sim, short de índio (“hummm e esse shortinho ai” – rapaz do bar no meio do caminho, um erudito) eu acabo destoando um pouco nesses ambientes, mas não me incomodo. Já que to chamando atenção, vou dançar bizarro, com direito a robot dance (my name is Jearl) e outras coreografias menos votadas.

Sim, a banda tocou. Tocou uns lances gaúchos que eu desconheço (na próxima pedirei Eu Tenho Uma Camiseta Escrita Eu Te Amo), tocou uns lances bizarros tipo Shakira. VER O HOMEM QUE PAGA TEU SALÁRIO TOCANDO SHAKIRA...tipo, seicho-no-ie não faria igual. Yoga, meditação, dinheiro, pizza e gremistas lindos não trazem tanta satisfação a alma. MENTIRA. Gremistas lindos são melhores.

Depois da banda dele, veio outra banda. Cujo vocalista usava tranças (não, não somos da mesma tribo) e calças de couro daquelas que tem que pôr talco pra entrar (Ross TM). Tocaram músicas. Ou coisas parecidas com músicas. Ou coisas que tentavam parecer música. Foi estranho e a loira continuava vomitando no banheiro.

Sou da opinião que o Opinião é um lugar estranho. Mas, aquela coisa, precisava experimentar para emitir opinião.

Sábado de manhã fui assaltada perto de casa. Foi um assalto muito simples, gostaria de contar toda uma história envolvendo machadinhas (@izzynobre TM) mas tudo que posso oferecer é uma cotovelada no esterno. Novamente estou sem documentos, caso morra serei enterrada como indigente, e novamente meu dinheiro está preso no banco. Conheci o luxuoso interior de uma viatura da Brigada que me levou para um passeio pelos pontos turísticos de DORGAS de PoA. Lírico.

Fiz meu B.O. na 1ª DP, também conhecida como Lugar Mais Quente da Face da Terra, mesmo quando está 8° C. Daí dormi o dia inteiro.

Domingo acordou desanimado, mas vesti minha camisa do Grêmio e saí por aí. Brinks. Fui até a sala. Depois do assalto, pobre, e desgostosa, desanimei ir no Olímpico. Puta besteira da minha parte, pois cambistas estavam queimando ingresso a preço de banana (E QUEM GOSTA DE BANANA É MACACO, BEIJOS). Mas acompanhei na santidade do lar junto com o ex atendente de sex shop. Findado o jogo, Grêmio campeão Gaúcho de 2010, bora comemorar de leve no bar/estacionamento. Um estabelecimento colorado, com certeza, mas que sempre me recebe bem. Algumas cervejas, casa, dormir em outro quarto, acordar atrasada e trabalhar ainda com a camisa do Grêmio.

Sério. Chegar em casa eu preciso tomar banho.

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