"Eu disse que acreditassem, eu pedi que acreditassem, eu nunca deixei de acreditar..."
Se você tem cachorro e ele se comportou de maneira estranha ontem de madrugada, latindo sem motivo, uivando, ou correndo atrás do próprio rabo, não se preocupe, ele estava apenas comemorando. Por que ontem foi a noite da cachorrada.
O
Glorioso de General Severiano recebeu o Atlético-PR no Niltão para o segundo jogo pela primeira fase da Copa Sulamiranda. O primeiro havia sido um empate em 0 X 0 na Arena da Baixada (Kyocera é a puta que pariu!), logo empate sem gols ontem, levaria para os pênaltis (e eu, provavelmente não estaria mais entre os vivos para contar a história) e empate com gols daria a vaga nas oitavas para o Furacão.
Engenhão vazio, como é de praxe, mas tirando as vaias e xingamentos direcionados a determinados jogadores, a torcida se comportou direito. Há muito não ouvia o hino do meu time com tanta força. Dessa vez Estevam teve um #renatogaúchofeelings e
"veio com o que tinha de melhor". Time titular em campo, com exceção de Jefferson, que por motivos de inscrição acabou cedendo sua vaga no gol para ele, Castillada.
Botafogo começou
MUITO mal, pior do que no jogo de Domingo contra o Flu. Passe? Esquece...ninguém acertava um. Zaga? Inexistente...Tiros à gol?
HA-HA faz-me rir ¬¬. E como o Atlético não é bobo nem nada, aproveitou a apatia do Glorioso para dominar logo o jogo, abrir vantagem e poder ficar tranquilo. Logo Castillo demonstrou estar sentindo a perna, mas mesmo assim seus companheiros continuam recuando bolas pra ele, que já não é um primor, com dores então...se complicou algumas vezes, inclusive com um dos lançamentos mais bizonhos que já tive o desprazer de assistir.
Pior do que assistir seu time se arrastando num jogo de mata-mata, com seu goleiro pitoresco mancando é fazer isso tendo que escutar os berros do Antônio Lopes. Sério, ninguém merece o Bozo Macumbeiro berrando à beira do gramado ¬¬ .
O que já era ruim, ficou pior aos 32' quando Alessandro
ARREGANHOU as pernas para deixar Wesley encaixar sem KY no Castillada. Que foi duramente hostilizado pela torcida. Só que dessa vez eu vou defender
MESMO...Se teve um resposável por esse primeiro gol do Patético, foi
A-LES-SAN-DRO (que jogou medonhamente o tempo inteiro que esteve no campo). Era o tipo de chute que mesmo alguns goleiros realmente bons não defenderiam.
E aí foi que foi, o Furacão soprava com força num Botafogo cada vez menor, cada vez mais acuado e nervoso. Mas é aí que os deuses do futebol aliviam a barra do botafoguense, que sofria calado. Reinaldo foi derrubado e entre quatro paredes, não estando os dois de comum acordo, é pênalti. Lúcio, o Flávio bateu e marcou. Não vi, tapei o rosto com a camiseta, e torci para não ouvir GALAAAAAAAAAAAATTO (eu sempre acho que o Galatto vai pegar
TODOS os pênaltis que baterem nele :P ). Isso tudo aos 45'. Logo o Glorioso, tão acostumado esse ano a tomar gols no finalzinho, fez um. Pra respirar.
Mas esse empate não era suficiente para a gente. Thiaguinho voltou no lugar do Alessandro (valeu, Estevam \o/) e o Botafogo se pôs a jogar levemente melhor no segundo tempo. Íamos reagir aos 15' com um gol do moleque Gabriel (que por muito pouco não foi substituído por Victor Simões minutos antes), depois de um passe estranhíssimo de Lúcio,
O Flávio.
Enquanto a frente dava sinais de estar se arrumando, com domínio de bola, melhorando passes e posicionamento, a zaga continuava aquela
DRAGA habituê. Mas a essa altura do campeonato não estava mais assistindo o jogo. Nervosa que estava decidi andar de um lado pro outro no quarto e refletir sobre o meu time. Como o Botafogo começou a esboçar uma reação, achei melhor ficar por ali, andando e refletindo, sem ver, só ouvindo. Sim, do jeito que tava, parei e assim fiquei até o apito final, tentando contar mentalmente quanto tempo faltava e repetindo
"não deixem a bola chegar perto do Castillo". Mas deixaram...aos 36', num frango que eu não vi, mas já sei que foi ridículo.
Mesmo com o empate, achei melhor continuar fazendo o que eu estava fazendo (#sergioxavierfeelings) e andei, um passo de cada vez, cada passo aqui, era um passo lá, pelos pés de Lúcio Flávio que cobrou uma falta para Wellington marcar. 38' do segundo, muito tempo faltava ainda, teriam os acréscimos, Botafogo tentou fazer cera, ganhar tempo, André Lima e Jônatas prendiam a bola, Leandro Guerreiro buscava desarmes. E eu andando. Parece que dei a volta ao mundo três vezes, para finalmente ouvir Victor Simões perdendo um gol feito e Seneme dando o sofrimento por encerrado. O Furacão virou uma brisa. Um ventinho pra levar embora o jejum de vitórias do Glorioso (a última havia sido dia 1 de Agosto, eu ainda tinha 26 anos).
E que venha o Emelec, dia 23!