O Dilema da Traseira
imagem: broken.lights
Um momento praticamente inevitável na vida de toda mulher. Você deixa de ser menina, compra o primeiro sutiã, assiste horrorizada a primeira menstruação chegar, resolve que é hora de perder a virgindade, e uma hora ou outra, tem que decidir se vai dar o cu ou não.
É...difícil! 99,9% dos caras com quem você já se relacionou já quiseram se enfiar onde não foram chamados. Mas você se esquivou, pediu pra parar na hora, fechou e não passava nem ar. Normal.
Você desistiu ou não quis por prováveis três fatores:
1. Medo
2. Vergonha
3. Sua tia Cotinha passou a vida inteira falando que é errado
imagem: Gabriella Camerotti
1. Encarando o medo de frente...ou de ré.
Creio eu que medo é o fator mais comum na recusa feminina à ceder o brioco. Ninguém pode dar o cu sem vontade, aliás, ninguém deve dar NADA sem vontade, nem beijo. Mas a gente sempre faz aquela forcinha quando não tá com aqueeeeela vontade e libera a área frontal.
Com a traseira não funciona assim. Estudos do Centro Croata da Sexualidade Humana do Pós-Guerra afirmam que com medo/pavor não entra nada. Pelo contrário, o normal no momento de HORROR é dar aquela dor de barriga mestra.
Vamos lá, amiga. Força! Primeiro formule na sua cabeça a situação, Cromossomo XY quer comer minha bunda.
Questões fundamentais:
1. Quero dar minha bunda para Cromossomo XY?
2. Tenho certeza que Cromossomo XY vai cuidar bem dela?
3. Eu realmente estou disposta?
Se a resposta for negativa para qualquer uma delas, sugiro procurar outro Cromossomo XY para a tarefa em questão.
Mas se você acha que vai ser legal, incrível, uma COISA LOCKA, que XY tem tudo pra mandar mega bem, é chegada a hora de encarar seu medo.
Medo do que? Da dor? Lembra quando você era virgem e todas aquelas suas amigas que já tinham perdido o selo ficavam botando um terror, falando que doía muito, que era isso, que era aquilo? Mesmo assim, você foi lá de peito aberto e encarou o inimigo, suportou a dor (que é bem mixuruca, diga-se de passagem) e gostou tanto do tête-à-tête que continua na ativa até hoje.
Pois bem, comece a pensar da mesma maneira agora. Vai doer? Bem, pesquisas do Instituto da Saúde Anal da Letônia são categóricas ao dizer, que sim, vai doer. Mas ninguém nunca morreu de dar o cu (quer dizer, sim, mas foram em condições extremas, estou falando de homem/mulher). Vai doer mais do que perder a virgindade frontal, mas até aí, cortar o dedo com faca de bolo Pullman dói mais ¬¬. Mas dor, querida amiga ousada e decidida, é coisa que dá e passa.
Práticas milenares dos Monges Bu(n)distas afirmam que treino, conhecimento das próprias limitações e boa preparação do terreno pelo Cromossomo XY operam milagres nessa hora.
Resumindo: Teste primeiro, na privacidade do lar. Achou aí que encarou razoavelmente bem dois dedos? Chame o gato na xinxa e decrete: "Filhão, hora de dar o cu! Faça sua mágica". E é necessário que XY tire todos os coelhos da cartola, deixando assim, você no ponto certo do abate. Se XY souber REALMENTE o que está fazendo, a dor vai ser mera figurante.
imagem: gaminrey
2. Vergonha é roubar e não poder carregar
Vergonha do que, linda? Você acha seu furinho feio? Todos são, gata! Não quer XY olhando de pertinho? Acredite, homem é tudo esquisito e gosta de ficar olhando essas coisas. Tenha fé no poder de sedução da rosca! Se XY quer comer, é por que ele gosta, tem paixão pela sua bunda, sonha com isso todas as noites e tá pouco se lixando se você acha que seu cu não é harmonioso.
Ou então, você até acha que seu furico é bonitinho, mas tem medo mesmo é do que pode vir de lá. É amiga, locais desconhecidos e recônditos escuros costumam nos reservar surpresas. Mas existe toda a sorte de truques e aparatos pra se sentir plena e segura.
Primeiro. Banho. Se você não toma banho direito e negligencia o anel, recomendo rever conceitos na sua vida.
Segundo. A famigerada xuca, técnica amplamente divulgada pela Associação dos Praticantes de Sexo Entre Dois Homens do Sexo Masculino da Hungria. A técnica é teoricamente simples, lavar por dentro, tal qual seu carro no lava rápido.
Você pode optar por uma ducha íntima, facilmente encontrada nas farmácias e drogarias do seu bairro ou apelar pro chuveirinho amigo. Deixe a água entrar, e sair. Sem esforço, não se chega a lugar algum!
Se mesmo assim rolar um acidente, se acalme, não vai começar a chorar compulsivamente, nem a gritar: "EU SABIA, EU SABIA!" Que você assusta o moço, que talvez já tenha passado por isso antes e tá nem aí pra falar a verdade. Segundo médicos (de verdade) os acidentes são discretos, e raros, se estiver tudo bem higienizado.
Terceiro. Camisinha e lubrificante. Ninguém é MALUCO de fazer sexo anal sem camisinha. Nem sem lubrificante. E nem de não trocar o capuz caso vá mudar do playground traseiro para o dianteiro.
Liberte-se amiga. Vergonha é tão 1984!
imagem: loungerie
3. Sem essa de certo e errado.
Sua tia Cotinha, sua professora de educação religiosa, sua amiga frustrada da vida, todo mundo jogou na sua cabeça, que liberar discostas é errado, feio, sujo e imoral.
Adote de uma vez por todas como mantra que: "Entre quatro paredes, estando os dois de comum acordo NADA é errado, feio, sujo e imoral."
E lembre-se sempre, é preciso querer. Dar o cu com intenção de aplicar uma "chave de rabo" no cidadão é furada.
13 Comentários:
hauhauahuahuahua
Gabi Dread
hahahah Daqui pouco surge o movimento blogueiristico sobre o assunto...
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Vivaa, viva, viva a sociedade alternativa ahahhahha
Deixa comigo...
É Jenny querida, só faltou transcrever todo este tutorial para um mini manual, com ilustrações e até um DVD.
O duro, olha a redundancia aí, é escolher o ator perfeito!
Se eu fosse mulher ou tivesse tendências homossexuais, até começaria a dar o brioco depois de ler esse texto. Muito bom!
Parabéns!
Sensacional!
Vou imprimir isso, dobrar e colocar dentro da minha carteira. Será um trunfo, uma arma secreta na hora H!
Maravilha...
Este post ficou mais corajoso que o manual da punheta feliz.
Prra, a minha mulher faz exatamente essa cara de vergonha aí.. Ela esconde o rosto no travesseiro.
"Procurando vaga uma hora aqui, a outra ali
No vai-e-vem dos teus quadris"
Íncrivel!
Com um texto desse, nenhuma mulher PODE se recusar a liberar o cu.
Homens de diversos lugares no mundo devem estar de agradecendo!
Com esse post my dear Jenny eu só posso dizer: HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
dar o koo é tão difícil! mas é como escalar o everest: quando chega no pico (ou na pica) geeente, que satisfação! sensação inenarrável!
É o tal negócio, muitas mulheres ficam sonegando o roskoff, dando margem as famosas puladas de cercas. Não é o meu caso, não tenho esse fetiche.
“Vergonha é tão 1984!” Rs..ótimo. Coisa já do século passado.
Você saiu de um livro do Nelson Rodrigues foi?
Essa menina saiu do senso único, para ser criar tendência.
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