segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O Tricolor Que Tinha Medo de Mulher

 Nunca uma perna toda zuada valeu tanto a pena


Há algum tempo uns trutas começaram a jogar bola todo mês, aquela peladinha amiga e sincera. Nunca valeu nada, a não ser boas risadas e zoação. Alguns jogam bem, outros dão pro gasto e outros são um desastre, mas a verdade é que o povo se reúne pela diversão.

Logo nos primórdios da brincadeira, perguntei se podia jogar e fui super bem vinda, me diverti a valer. Joguei somente aquela vez, por que vamos combinar, eu não jogo absolutamente NADA. E nunca disse o contrário...eu não jogo mesmo, nem sei dominar a bola, mas não me furto de correr, de marcar ardido pra atrapalhar e nem de entrar forte se for preciso (é claro que eu não quero machucar ninguém lá).

Passei muito tempo indo só assistir, pelas risadas, pela cerveja, pela parte social da coisa. Até que no jogo de Julho convidei a @Jubsbp para ir lá ver qual que era, trocar idéia, tomar umas cerbezzas, enfim...A Jubs não só gostou como se interessou em jogar, e pra não deixá-la sozinha e nem sem graça me comprometi a jogar também. Os rapazes, mais um vez não se opuseram a presença feminina dentro de campo.

Porém, desde os primeiros jogos alguns meninos novos apareceram, gente que eu não conheço e nem que estava lá quando joguei a primeira vez. Um deles, um torcedor mariquinha do Fluminense, não gostou muito da idéia de ter duas garotas jogando, mas não foi macho o suficiente pra falar na cara...passou o resto da semana comentando com os outros meninos que isso era absurdo, que deveriam deixar cadeirantes e aleijados entrarem no time também, por que dava na mesma.

Além disso afirmou que não poderia xingar dentro de campo (obviamente que eu sei muito mais palavrão que aquele arrombado) e nem que poderia disputar a bola de forma mais dura. Ok...a única coisa que eu pedi foi: "me mostrem quem é o viadinho por que eu faço questão de estar no time rival ao dele".

Dito e feito. Tanto eu quanto a Jubs caímos no outro time. Ao entrar em campo, pedi: "eu fico atrás!". Não jogo, mas a Jubs joga, com desenvoltura. O arrombado filho de uma puta teve que assistir uma garota vestindo uma camisa do Botafogo fazer um gol no time dele. Pra logo depois, ver outra garota vestindo outra camisa da Botafogo enfiar-lhe um carrinho sem dó nem piedade. E ouvir todos os outros rapazes gritando e mandando um sonoro CHUPA pro cu-frouxo em questão.

Não contente, já sei que ele continua fazendo toda sorte de comentários machistas sobre a nossa participação. Dia 29 tem outro jogo. Dessa vez entrarei no joelho. Quem sabe ele desiste de jogar bola e vai fazer um ponto-cruz.

17 Comentários:

Vinicius Cabral disse...

O elemento em questão desonra a torcida tricolor. É só o que eu tenho a dizer.

Etevaldo disse...

Mazzáaaaaaaa guria peleadora e copera! Não joga nada, mas não desonra a camisa!

Isso mesmo Jenny, mostre as garras para estes jogadorzinhos que pensam que são um Kaká, um Cristiano Ronaldo. Mostre a eles que do outro lado sempre vai ter um Baidek, para entrar rachando na jogada!

Joelho esfolado assim me lembra meus tempos de cancha de areia...

Professor Rogério Souza disse...

KKKKKKKKKK... não tinha como não rir. Não sou um bom jogador, mas sempre brincava nas ruas de Bauru. Hoje, no máximo pela televisão. Sabe, gostei do que fez. Apesar de achar que futebol seja um esporte violento, de achar babaquice a quantidade de xingamentos ditos sem necessidade em campo, ouvir seu relato me deixou feliz e presenciá-lo deve ter sido muito bom. É prudente tomar cuidado contigo. Nas palavras eu já sabia que você era terrível (no bom sentido) e agora, jogando bola, sei que quero você no eu time.

Magnum 44 disse...

É estranho ouvir dizer que o Brasil é o país do futebol. Diversos craques, títulos em demasia, investimentos astronômicos e por aí vai. Na contramão do glamour, o futebol feminino padece. O descaso das autoridades do futebol já era esperado, pois o que lhes interessa está no futebol masculino: dinheiro. O que causa indignação é o preconceito tosco de muitos.
Mas, analisando friamente este artigo da Jenny, chego a conclusão de que o engraçadinho não é preconceituoso e sim complexado.

Obs: O Santos está de parabéns pelo grande investimento no futebol feminino. Trouxe a Marta e agora Cristiane.

Harley Coqueiro disse...

Jenny, você é um enigma a ser decifrado.

Eu e o Magnum 44 estamos investigando a expressão "eu fico atrás!" que você, sutilmente, inseriu em seu texto.

Há algo de misterioso nas entrelinhas...

Jenny Taylor disse...

O "eu fico atrás" era tão somente um pedido para me deixarem na zaga, área livre pra que eu pudesse arrebentar o indivíduo.

Harley Coqueiro e Magnum 44 disse...

Jenny Taylor disse: "O 'eu fico atrás' era tão somente um pedido para me deixarem na zaga, área livre pra que eu pudesse arrebentar o indivíduo."


Hã! Hã! Então tá...!

Zé da Fiel disse...

HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA...
BWAHA-HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA!!!

A melhor parte deve ter sido o : -CHUUUUPAAAAA!!!
não, não deve ter sido a garota ter marcado um gol pra espanto da geral????? não com certeza foi ver uma garota ter dado uma banda no cara, ha-ha-ha-ha-ha-ha!!!
Jenny na proxima da umas duas pegadinhas no tornozelo, nem precisa ser com força, na hora que o cara for dominar tu dá com o bico da chuteira bem no ossinho do tornozelo é muito mais engraçado ver o cara se irritar do que derrubar ele de primeira...a não ser que tu com um jogo de corpo jogue ele na tela ou no muro ai é muito mais engraçado.

ps: há quanto tempo tu tá em SP? tu perna já ta mais branca que meu camarada, vulgo alemão(que quando corre fica mais vermelho que um pimentão e parece que vai morrer), ou tu é uma carioca que não ia a praia pra não se misturar com aquele monte de flamenguista? e dá pra descer pra baixada falou?

Jenny Taylor disse...

Zé, eu moro aqui há 8 anos, mas sempre fui branquela, mesmo quando morava no Rio.

E não adianta pegar sol, pq eu fico vermelha, descasco e volto a ficar com essa cor de lagartixa.

Chewb´s o Dislexo disse...

Muito bom gostei da historia parabens, vou acompanhar sempre isso c eu não for parar em Mogi rs XD...

Ah!! já ia esquecendo bem que vc podia contar a historia do Charme e o Elegante

Inté...

Jenny Taylor disse...

E do cara que entrou na boca de fumo achando q a gente tava seguindo ele

#mogifeelings

Chewb´s o Dislexo disse...

Isso isso esta ia dar uma boa historia rs ...






inté

Unknown disse...

Bah Jenny Goiano então, se um dia por acaso tu vir novamente para cá e me convidar pra uma pelada já vou com o pé levantado para dividir a bola (hahahahahahha), é a cada dia que passa suspeito cada vez mais dessa tua origem carioca, pra mim teu pai ou a tua mãe tem um pé no SUL.


PS: Belas pernas.

Jennifer Almeida disse...

O elemento em questão desonra a torcida tricolor. [2]

Isso é bem o tipinho que não se garante jogando com homem, viu mulher no meio, quis dar uma de macho...

Não sabia que tinha mulheres de verdade pra calar a boca dele. E ainda deixar uma marquinha de lembrança!!

Jenny Taylor disse...

Bru, minha família é toda carioca sim, tanto pela parte da minha mãe qto do meu pai...o máximo q dá pra achar é uma negada perdida em Minas, mas mesmo assim uma parentada distante.

E brigada pelo "belas pernas"...elas não costumam estar sempre machucadas assim lol


Jennifer, faltou vc lá, gathan \o/

Pedro Paulo Ferreira Lima disse...

AGORA eu entendi este post, cruzando as referências e as fontes. Mandou bem, e da próxima vez aleije o péla-saco.

All3X disse...

A mocinha de pele alva deve passar a impressão que não se mistura com ninguém, mas é a estratégia para atacar o inimigo no "eu fico atrás". Às vezes, tenho medo de ti, pois você não tem medo de nada, enfrenta tudo na maior tranquilidade.
Mas eu gosto de mulheres fortes assim. Serve para me contrabalancear. Sei que sou muita decepção, pois meu raciocínio é lento e nunca enfrento nada na raça. Tá, na próxima vida eu juro que faço melhor...

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